quarta-feira, 26 de outubro de 2011

PADRÕES DE MEDIDAS - BOM PRA QUEM?

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E nessa segunda-feira eu fui convidada a falar para o jornal A Tribuna sobre a Padronização de Medidas do Vestuário no Brasil.

Nessa reportagem, eu  exponho a minha opinião sobre o assunto. Embora eu realmente acho que devemos ter um norteador das dimensões regionais mais fiel do que a tabela atual proposta pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), eu realmente não concordo com o fato de multar uma empresa pelo não seguimento da norma.





Reforço que, quando trabalhamos com os segmentos operacional, infantil, escolar e até mesmo parte do masculino, é possível utilizarmos um padrão como esse proposto, devido ao fato de não serem peças que necessitam de um caimento impecável ou que se propõem a causar algum efeito específico, como por exemplo levantar o bumbum.

No entanto, quando falamos em roupas que necessitam caimento impecável, em especial as roupas femininas que seguem a moda, esta padronização é, ao meu ver, muito perigosa, já que é impossível representar as variações do corpo feminino por meio desta norma, uma vez que, ninguém nasce na fôrma.

Agora, verdade seja dita, ter um norteador de medidas tem seu lado favorável: impede abusos! muitas empresas criam tamanhos irreais, como por exemplo um 42 que só veste meninas com manequim 38. Nestes casos, ter uma norma é realmente necessário.

Mas o que eu realmente não concordo é a cobrança da multa por não seguir a risca essa norma. como poderemos ter uma calça com 80 cm de entrepernas se ela é saruel? É nesse ponto que eu fico mais preocupada... Nosso setor é tão prejudicado por inúmeros fatores (e podem apostar, ano que vem será ano de dificuldades para os confeccionistas) que mais uma norma com caráter punitivo será um enorme empecilho para estes empresários.

#ficaadica



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